Tu ganhaste ou perdeste?
Tu és ardente como o fogo,
Ou estável como a terra?
Tu és volúvel como a água,
Ou leve como o ar?
Não te enganes… tu não és nada!
Mas apenas quando te reconheceres como tal
Aí então… serás Tudo.
Pois tu és o Sol inflamado em teu coração
Que por densas nuvens está envolto.
Formas que transformam-se com o vento
Dando a falsa sensação de tempo.
A tua casca que vela a completude
Está tão distante da Verdade
Quanto um rascunho está de sua escultura.
Mas tu, que navegas nessas tortuosas águas
Em silêncio, ouviste
No vazio, já viste
O incandescence Sol
O coração flamejante que brilha em ti.
E por que a demora?
Para que seguir o vento,
junto às formas ilusórias?
Não as confunda com a tua identidade
Pois não existe maior liberdade
Que a de esquecer-se de si.